domingo, 13 de dezembro de 2015

Mania de Viver







Quando minha avó nasceu
Eu já tinha nove anos
E minha filha mais velha
Dava de mamar a ela


Meus ancestrais do futuro
Quando vêm me visitar
Trazem surpresas para mim
Entre elas o sorriso
Mais bonito do meu pai
As tranças da minha mãe
A cachaça que minha tia
Bebia em nossa fazenda


Quando minha avó morreu
Eu já não mais existia
Somente meu pensamento
Criava pernas e voava
Somente meu sentimento
Cismava em ficar por aqui


A minha família todinha
Talvez seja eu mesmo
Dividido em vários corpos
Cada qual com sua mania
Diferente de viver
Nascendo, morrendo, renascendo
Cada qual com sua mania
Diferente de viver




Acreis, 13/12/2015 - Sta Cruz/RJ
Chez moi

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