sábado, 9 de agosto de 2014

Canção Sem Ritmo Para o Dia Dos Pais







Por que Deus não fez com que meu
Pai desaparecesse para sempre?
Não há mais limites entre o céu e a terra?
No tempo livre em que vivemos,
Limpar a luz dos olhos sem olhar para o escuro,
Pricipalmente quando o vento sopra de lá p’ra cá
E a chuva caindo assim, assim, mostrando tudo,
Leva-nos a crer em outras possibilidades...
A Dalvete me falou que nosso pai estava apenas escondido...
Mas sempre senti as rugas da sua pele,
A água limpa com que ele banhava o rosto, o ar fresco da sua boca,
O seu pensamento claro...
A morte ocorre,
Isto é, em um curto espaço de tempo ela chega
E vai embora sem deixar vestígios...
Minha mãe Genoveva acha graça da morte
E me disse que a vida é para sempre!
Por que Deus fez a morte
- Mistério Profundo -
No primeiro dia da criação?
Se eu fosse o rei do mundo,
Não haveriam Regras de Redução...
Pai e mãe não têm que morrer!
Eles devem ser para sempre!
Eu tenho um filho com a sua mãe,
E ele, apesar de velho,
É pequeno, mas existe,
Como existem os lírios no campo! 

Acreis, 09/08/2014 – Santa Cruz/RJ

Poema para o Dia dos Pais

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Outono Sem Nuvens



"Não desisti da minha vida"


Por que eu era um erro e só agora que sinto?
Eu perdi. Você perdeu.
Eu saí da sua vida quando você ainda era uma Estrela!
Foi um sonho louco!

Não desisti da minha vida...
Eu espero atravessar a ponte, sempre.
Até ontem, ontem, pensava em me matar...
O que não sinto mais hoje, nem amanhã.

Muitas pessoas desapareceram,
Sinto que mudei.
Você agora é outra pessoa.
Não se abisme em querer o que quer.

Pássaros grandes e amarelos invadem o meu céu.
Agora aproveite e retire os meus sonhos dos seus céus!

Pelo amor do amante que um dia fui,
Eu chamo somente por mim.
Eu não sou mais aquele amante inconstante que você deixou...
Eu não me sinto em impasse.
Tenho outros planos...

Se você se olhar no espelho, me desculpe, eu acho que não vai se ver.
Eu lhe digo: não há mais volta!
Não há nada mais para mim!

Eu diria que a vida, e a quase morte da minha vida,
Felizmente, advertiram-me a tempo.
O que vivo hoje não é mais um sonho
E está longe, bem longe, o último dia de minha vida!

Você pode até dizer, ou pensar:
Sinto muito por fazê-lo sonhar,
Ó pobre rapaz!

Ah, minha cara, eu nada perdi...
Tenho n'alma outras configurações...
Como você não pode mais ver, somente uma dica lhe dou:
Não sou mais como era.
Já não vivo sem dormir e nem durmo mais bêbado.

Hoje quem lhe imagina sou eu, alma dormente e intrusiva,
Envolta em um outono sem nuvens, em falsas gargalhadas!


Acreis, 02/11/2013 - Sta Cruz/RJ

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Fio de Ouro










Estás tão bonita hoje...
Quando digo que nasceram
Flores novas na terra do jardim,
Quero dizer que estás bonita!

Entro na casa, entro no quarto, abro o armário,
Abro uma gaveta, abro uma caixa
Onde está o teu fio de ouro...

Entre os dedos, seguro o teu fio de ouro,
Como se tocasse a pele do teu pescoço...
Há o céu, a casa, o quarto, e tu estás dentro de mim.
Estás tão bonita hoje!

Os teus cabelos, a testa, os olhos, o nariz, os lábios...
Estás dentro de algo que está dentro de todas as coisas.
A minha voz nomeia-te para descrever a beleza!

Os teus cabelos, a testa, os olhos, o nariz, os lábios...
De encontro ao silêncio, dentro do mundo,
Estás tão bonita é aquilo que quero dizer.



Acreis, 05/08/2014 - Santa Cruz/RJ - Chez moi
P/ Iolanda

domingo, 3 de agosto de 2014

O Perfume Das Horas













Tenho desejo e saúde, saudades também tenho!
A lua apaixonada e reluzente mostra o sorriso!
A visão do que é concreto não permite o perfeccionismo,
Porque o momento infantil não nos leva ao desespero...

Não há mais sossego nem loucura,
O que há é a interação das palavras no incômodo dos meus versos!

Tenho lido romances de fantasia,
O que me leva a morar em ninhos de intrigas...
E como resposta, o seu sonho...
Ah, imaginação medieval, que me faz passarinho!

A minha arte é a entrega da Divindade à justa causa,
À calidez de qualquer melodia!
Fujo do que é abstrato para deixar
A minha alma o sentimento do amor,
Para fugir do que é solidão!

A noite pergunta se regressar ao que um dia fui
Fará meu coração mais forte...
Porém, o perfume das horas me traz a alegria,
Essa satisfação refletida nas nuvens,
Essa paz das montanhas que dormem em silêncio!


Acreis, 02/08/2014 - Santa Cruz/RJ - Chez moi

Dedico a minha mulher Iolanda, aos meus filhos
Fernanda, Leonardo e Gianini:; aos meus genros
Jorge e Tatiane; bem como aos meus netos
Pedro, Clarinha, Gabi e Carol, que passaram o dia de sábado
ao meu lado...Todas essas pessoas citadas contribuíram diretamente
na confecção desse poema (dadaísta), passando para mim cada palavra
acima escrita!

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