segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

POESIA

 "Fazendo do real uma realidade lúdica..." 
Lastreada na embriaguez, mais além do bem e do mal,

Fazendo do real uma realidade lúdica , no fluxo das coisas.

A vida e a morte são irmãs gêmeas, luz e sombra.

Na contradição do infinito, tudo se resume num conceito trágico,

No curso da vida, como um sonho de pedras, num trem que pula sem parar.

O mundo dos sonhos -que pudesse prendê-la inteiramente.

O valoroso lançar-se às cegas, numa empreitada audaciosa,

Na cólera, no amor, no respeito, no agradecimento e na vingança.

Reúne tudo o que há de mais arcaico, que não se acaba, visto nunca ter fim.

Desaparece a esperança, a jovialidade, a felicidade...

Mesmo ao preço de sua carne e de sua dor, ao princípio do prazer, na força do espírito

E nas condições da vida.



Acreis, 17/12/2012, Belford Roxo/RJ

POESIA


 

POESIA

 

Lastreada na embriaguez,  mais além do bem e do mal,

Fazendo do real uma realidade lúdica, no fluxo das coisas.

A vida e a morte são irmãs gêmeas, luz e sombra.

Na contradição do infinito, tudo se resume num conceito trágico,

No curso da vida, como um sonho de pedras, num trem que pula sem parar.

O mundo dos sonhos -que pudesse prendê-la inteiramente.

O valoroso lançar-se às cegas, numa empreitada audaciosa,

Na cólera, no amor, no respeito, no agradecimento  e na vingança.

Reúne tudo o que há de mais arcaico, que não se acaba, visto nunca ter fim.

Desaparece a esperança, a jovialidade, a felicidade...

Mesmo ao preço de sua carne e de sua dor, ao princípio do prazer, na força do espírito

E nas condições da vida.

 

Acreis, 17/12/2012, Belford Roxo/RJ

(às 02h40)

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Desencanto



Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

- Eu faço versos como quem morre.


(Manuel Bandeira)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Amar (por Florbela Espanca )



Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui…além…
mais este e aquele, o outro e toda a gente..
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disse que se pode amar alguém
durante a vida inteira é porque mente.

Há uma primavera em cada vida:
é preciso cantá-la assim florida,
pois se Deus nos deu voz foi prá cantar

E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
que seja minha noite uma alvorada,
que me saiba perder…prá me encontrar…

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